sábado, 22 de setembro de 2007

Encontros dez anos depois

Quando encontramos alguém que não víamos à cerca de 10 anos algo de esquisito acontece.
Parece que para as outras pessoas a nossa vida parou e que nada aconteceu desde essa altura. Como que, desde a ultima vez que nós vimos essa pessoa tivéssemos entrado para uma câmara de congelação e só minutos antes tivéssemos saído. Nesta ultima semana fui à minha faculdade solicitar uma certidão de conclusão de curso. Preciso para o novo emprego. E, como bom aluno fui falar com a responsável do gabinete de direito. Sempre foi alguém que muito estimei e que me ajudou como delegado de ano, durante os quatro anos que tive nesta função.
Mas chegou a vida profissional e a distancia foi-nos separando. Só quase dez anos depois é que a voltei a ver. O estranho foi que la veio-me perguntar coisas que já nem sequer me lembrava. Disse que tinha casado e que tinha dois filhos. Perguntou-me se tinha casado com a minha namorada que tinha terminado à cerca de dez anos e que me mandou a baixo. De repente reparei que para aquelas pessoas, por estas perguntas e por outras que foram-me fazendo a minha vida tinha prado no tempo. Disse apenas que não. Nem me atrevi a dizer que já tinha tido 4 namoradas e tinha casado com duas. Obviamente em alturas diferentes e depois de ter divorciado da primeira.
Ficaram espantadas por ter 2 filhos, gémeos. Aí tive de dizer que duas crianças com dois anos consegue-se fazer em muito menos que três anos, quanto mais dez anos.
Penso que muitas vezes estamos tão ligados á nossa vida que esquecemos que a vida dos outros também avança, como diria o poeta, "como bola nas mãos de uma criança".

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