sábado, 16 de fevereiro de 2008

Velho Amigo


Hoje encontrei um velho amigo da faculdade. Fiquei feliz de o ver. No entanto, um sentimento de tristeza invadiu o meu pensamento. Sabia que, hoje, não podia ser o velho H., forte, independente, a nunca precisar da ajuda de ninguém. Hoje apareceu alguém frágil, honesto, no fundo, humano. Cheio de erros cometidos na vida e que, na casa dos trinta, está novamente a começar uma carreira. No entanto, tive do outro lado um velho amigo, compreensivo, igualmente honesto. Convidou-me para lhe telefonar para almoçar. De certeza que o vou fazer. Talvez seja uma segunda oportunidade que a vida me da. Nesse almoço só quero comer uma coisa - o meu orgulho.
Gostamos de mostrar que para nos tudo corre bem. Não quer dizer que tudo corre mal. Mas como usualmente, algo não corre de acordo com os planos. Mas até isso nos queremos esconder. Demonstrando que a nossa vida e perfeita. E vidas perfeitas só nos contos de fadas. E as fadas não existem. Existem apenas vidas normais, como a minha, e eu gosto muito dela.

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